terça-feira, 23 de março de 2010

PROJETO: HORTA NA ESCOLA

JUSTIFICATIVAS
Os hábitos alimentares estão diretamente relacionados com a qualidade de vida das pessoas. Seja pela vida agitada, seja pela produção em escala e até mesmo pela propaganda, os hábitos alimentares têm mudado para pior.Uma alimentação que contenha vegetais, e principalmente os produzidos sem o uso de venenos, é muito mais saudável. Soma-se a isso, que a confecção de uma horta na escola coloca as crianças em contato as peculiaridades do meio ambiente, despertando-as para a crítica dos valores econômicos e sociais. O projeto em questão dá oportunidade das crianças consumirem na escola um alimento incorporado com seus conhecimentos, com os seus trabalhos e com todas as atenções que elas dispensaram aos vegetais por elas produzidos.Consegue-se assim uma melhor alimentação e sobretudo uma melhora da auto-estima das crianças, e também, o envolvimento da sociedade local com o reaproveitamento dos restos orgânicos produzidos na própria escola

OBJETIVOS
1. Ensinar os alunos da rede pública municipal a cultivar produtos orgânicos (sem a utilização de agrotóxicos), tornando-os multiplicadores dessa tecnologia, e incentivando seus familiares a desenvolver a horta doméstica;
2. Ensinar os alunos a consumir hortaliças e legumes de boa qualidade de procedência conhecida;
3. Ensinar o valor nutricional, terapêutico e funcional dos vegetais na alimentação;
4. Mudar os hábitos alimentares, agregando frutas, verduras e legumes na dieta;
5. Ensinar o ciclo de vida das plantas e as condições ambientais mais propícias para seu o desenvolvimento;
6. Valorizar a produção agrícola e o trabalhador rural;
7. Ensinar a técnica da compostagem;

METODOLOGIA
1. A escolha do melhor local;
2. Os canteiros devem ser construídos de maneira que possam receber insolação durante a maior parte do dia, e sempre posicionados de maneira a dificultar o escoamento das águas, evitando a erosão;
3. Os canteiros terão placas indicativas com o tipo de cultura e a data do plantio;
4. O plantio e a semeadura serão feitos pelos alunos e professores;
5. A limpeza do terreno, a construção dos canteiros e a preparação do solo serão efetuados pelos alunos, pela professora envolvida no projeto;
Os produtos obtidos deverão ser consumidos pela comunidade escolar, dentro da própria escola, se houver excedente, será distribuído aos alunos.

EJA - um novo olhar

Projeto: Escrita coletiva

Objetivos
- Produzir uma carta coletivamente.
- Observar e explorar as diferenças entre a linguagem oral e a escrita.

Conteúdo
- Produção oral com destino escrito.

Anos 1º e 2º.
Tempo estimado Cinco aulas.

Material necessário
-Música e letra da canção Valsinha, escrita por Chico Buarque e Vinicius de Morais.

Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar
Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade enfim se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz

Desenvolvimento
1ª etapa Convide os alunos para uma audição da composição. No fim, pergunte se alguém já a conhecia, assim como seus autores. Recorde A Banda, que também é assinada por Chico Buarque. Apresente a música mais uma vez para a turma.

2ª etapa Leia a letra em voz alta e estimule que os estudantes digam o que entenderam. Questione-os sobre o casal da história. Quantos anos eles têm? Qual a profissão deles? Registre essas e outras características no quadro.

3ª etapa Proponha que o grupo elabore uma carta contando o episódio apresentado na música - os alunos vão ditar o texto e você será o escriba. Como remetentes, eles terão de se colocar no papel da mulher apresentada na música, que é surpreendida pelo marido. Ela mora em uma cidade distante do lugar onde nasceu e escreve para sua prima, que lá ficou.

4ª etapa Converse com a turma sobre o envio e o recebimento de cartas. Quem já ditou uma? E quem já recebeu? Comunicar uma notícia por carta é diferente de falar por telefone? Por quê? Peça que todos apontem as características do gênero: como uma carta deve começar? E terminar?

5ª etapa Inicie a produção da carta. Embora você deva atuar como escriba, seu papel não será passivo. Chame a atenção do grupo para a coerência do texto e a presença de elementos que marcam o gênero. Releia as partes que estiverem confusas e peça que a turma melhore todas. Explicite a importância de transpor a linguagem oral para a escrita, perguntando: como isso que você falou deve ser escrito? Retome a leitura do texto, dizendo ao grupo que é importante se colocar no lugar do destinatário. Se necessário, estimule os estudantes a analisar se a carta transmite a emoção que a letra da música apresenta e peça que façam as inserções necessárias.

6ª etapa Converse com a turma a respeito dos motivos que levam as pessoas a escrever cartas e destaque o uso real do gênero. Avaliação Durante a escrita coletiva, analise a capacidade de criação dos alunos, considerando que eles tiveram de criar elementos para compor a carta que não estavam definidos na música. Observe o texto: qual o domínio que o grupo tem da linguagem escrita comum a esse gênero? Se a produção apresentar muitas falhas, retome a produção coletiva, dessa vez convidando todos a escrever uma carta a um destinatário real sobre um episódio verídico.

var pwa_pagination_number_pages = 1;
Consultoria: Andréia BarretoProfessora da Escola Ágora, em Cotia, SP, e membro do Vereda Centro de Estudos em Educação.

Cotidiano escolar e a diversidade


Foi muito importante para refletirmos sobre a educação na diversidade. Valores que muitas vezes passamos a nossos alunos e permeiam o currículo oculto. Um bom momento para repensarmos as nossas atitudes e práticas educativas. Eu sempre trabalhei a tolerância, no sentido de respeitar as diferenças e não a intolerância no sentido da indignação, principalmente quando relacionada a questões sociais, a exploração, a marginalização.
O preconceito que está arraigado no cotidiano escolar, nas atitudes de educandos e educadores, que estranha tudo o que é diferente de nós.Na educação tradicional, que enquadrava os alunos iguais e excluí os que não se encaixavam nas formas. Atualmente, depois do movimento dos educadores que defendem a escola nova, passou a se pensar na convivência humana menos preconceituosa, abrindo caminho para a convivência na diversidade humana e com possibilidade de incluir todos em busca de um projeto de felicidade.
E o papel dos educadores é muito importante na construção desses valores com os educandos. Pensar e discutir esses valores no campo escolar auxilia na construção de cidadania. Cidadania que se refere na participação desses alunos na vida da sociedade, e não apenas buscar seus direitos e deveres, mas sair do "eu" e pensar mais no coletivo.
Assisti com os alunos o filme Madagascar e conversamos sobre a diversidade dos animais. Foi uma discussão positiva onde perceberam as diferenças individuais de cada uma e o convívio de ambos.

O assunto "Direitos Humanos" como uma conquista depois de muita luta. Educar em direitos humanos não é apenas falar sobre valores humanistas e nem transmitir alguns sentimentos de amizade, cooperação, lealdade mas sim,formar pessoas para conviver em uma sociedade em que respeitem as diferenças pessoais e de grupos, que garanta condições dignas de vida igualmente para todos. Essa educação em diretos humanos deve abranger toda a comunidade escolar e precisa ser contínua, interdisciplinar e transversal.
Como no ínicio do ano eu já havia trabalhado com o autorretrato. Fiz opção de trabalhar com caricaturas, onde cada aluno deveria respeitar as características indivuduais de cada um. Foi muito bacana, principalmente porque esse trabalho já vem sendo desenvolvido desde o início do ano. Tenho um aluno negro que o desenhava branco, depois de vários discussões e observações das diferenças em sala de aula, nessa caricatura ele se desenhou negro e disse :"Eu sou negro e daí, tenho que gostar de mim do jeito que eu sou." E eu como educadora me senti muito gratificada por perceber que ele começou a se olhar com outros olhos, de forma positiva.
A inclusão como um direito de todos. Assim, como Santos citado no texto diz que temos direito à diferença quando a igualdade nos descaracteriza. Sabe-se que esse conceito de educação inclusiva precisa ser ampliado de aluno com deficiência para qualquer aluno, independente de sua singularidade. Está educação inclusiva -para todos- está relacionada com a educação de qualidade, qualidade não apenas nos números de matrículas, mas no desenvolvimento pessoal e social dos indíviduos. Contempla também fatos históricos que explicam o percurso tortuoso da educação no Brasil até a década de "90" onde o clamor foi a "Educação para todos" em busca de uma educação de qualidade.
Realizei com os alunos a inversão de papéis. Alguns alunos ficaram por um período de 30 minutos privados de alguns de seus cinco sentidos e de alguns movimentos. Em seguida, relataram ao grupo as sensações e os anseios que sentiram. Um aluno que estava impossibilitado de andar disse:" Professora, bateu o sinal todos saíram e me deixaram sozinho aqui na sala." Paramos para refletir sobre essa situação! Foi proposto uma produção textual, mas os alunos que não participaram da vivência tiveram dificuldade de contextualizar.
A escola é um ambiente formado por um grupo heterôgeneo e não homôgeneo, onde encontra-se com pessoas diferentes tanto no mode de ser, pensar e agir. Portanto a escola é uma espaço de socialização de cultura e deve contribuir para uma educação mais igualitária. Gostei da ilustração onde a escola é formada por formas circulares e os alunos por círculos e por demais formas, quando é pedido para "tormar os seus lugares" eles não se encaixam, ou seja, existem alunos que não conseguem se encaixar nas escolas que buscam o mesmo patrão de aluno e não encontram.

domingo, 7 de março de 2010

"Diversidade e Currículo"

Esse material elaborado pelo MEC
“Diversidade e Currículo”, de Nilma Lino Gomes,
procurou-se discutir alguns questionamentos que estão colocados,
hoje, pelos educadores e educadoras nas escolas e nos encontros
da categoria docente: que indagações a diversidade traz para o
currículo? Como a questão da diversidade tem sido pensada nos
diferentes espaços sociais, principalmente nos movimentos sociais?
Como podemos lidar pedagogicamente com a diversidade? O
que entendemos por diversidade? Que diversidade pretendemos
que esteja contemplada no currículo das escolas e nas políticas
de currículo? No texto é possível perceber a reflexão sobre a
diversidade entendida como a construção histórica, cultural e social
das diferenças. Assim, mapear o trato que já é dado à diversidade
pode ser um ponto de partida para novos equacionamentos da
relação entre diversidade e currículo. Para tanto é preciso ter clareza
sobre a concepção de educação, pois há uma relação estreita entre
o olhar e o trato pedagógico da diversidade e a concepção de
educação que informa as práticas educativas.
Acesse o material na íntegra e BOA LEITURA!
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag4.pdf

quarta-feira, 3 de março de 2010

O olhar do educador na diversidade

Farei a introdução com uma citação, que requer atenção especial e análise profunda, de autoria do filósofo e educador Morin: “Na educação do século XXI, seu público alvo deve receber a idéia de unidade da espécie humana, sem camuflar as diversidades. Há uma unidade humana, cuja formação não é somente seus traços biológicos da sua existência, assim como há a diversidade marcada por outros traços que não os psicológicos, culturais e sociais. Compreender o ser humano é entendê-lo dentro de sua unidade e de sua diversidade. É necessário conservar a unidade do múltiplo e a multiplicidade do único. A Educação, e esse é o desafio que se coloca para os professores do futuro, deve ilustrar o princípio de unidade e de diversidade em todos os seus domínios, pois tentar analisar o todo através de uma parte torna os espíritos míopes. É como enxergar apenas uma cor do arco-íris. As consequências podem ser irreversíveis.”
O professor como mediador do conhecimento deve colaborar para que os alunos enxerguem todas as cores do arco-íris, ciente de que sozinhos não conseguirão. O educador também deve considerar que o ambiente escolar propicia o diálogo e a reflexão crítica e deve fazer uso do mesmo, para questionar valores e atitudes que permeiam o cotidiano escolar.
MORIN, Edgar - Os sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. 3a. Edição. Brasília: Cortez, 2001.